quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Oh Minas Gerais!

Um post bêbada em mais uma madrugada.


Talvez assim a insônia dê uma trégua.

Que o álcool nos deixa mais leves e dispostos a falar mais do que o normal, todo mundo já sabe. Agora, imagina pra alguém que já fala mais do que o normal?

Vontade de ligar um microfone e sair despejando nos ouvidos alheios tudo que, em grande parte do tempo, mantenho guardado. (Costumo guardar muita coisa. Dizem que pessoas regidas pelo signo de escorpião tendem a ser rancorosas. Não posso negar. Desculpar, eu desculpo, mas perdoar já é uma coisa mais complicada. E esquecer...é bem mais difícil. Enfim, muito assunto para futuras sessões de análise).

Sonhei, essa noite, que roubava um microfone de uma apresentação gospel e fazia um belo discurso após ter sido atacada por fanáticos evangélicos. Não me lembro muito bem tudo que disse, mas lembro que terminava assim: "Meu nome é Camila Damasceno Silva, eu tenho 24 anos, sou brasileira e no meu país é garantida pela Constituição a liberdade religiosa". Isso tudo acontecendo enquanto os evangélicos entoavam hinos tentando abafar a minha voz. Acordei tão orgulhosa!

Meu maior temor, nesses tempos loucos em que vivemos, é ver o fim do Estado laico, talvez a maior conquista da humanidade nos últimos séculos. Semana que vem tem segundo turno.



Boas notícias merecem ser comemoradas. Menos uma desempregada no mundo. O que era pra ser inferno astral está cada vez mais parecido com o paraíso. Gentileza gera gentileza, meus filhos. Isso ainda há de nos levar a algum lugar.

Um pouco embriagada demais para seguir a diante. Os dias têm me feito respirar cada vez mais fundo. Viver na BR-040 tem sido a melhor opção.



PS:. No som do Camelo falta um trompete, aquela voz bonitinha do Amarante fazendo os backings e a bateria do Barba arrumando (ou bagunçando ainda mais) tudo. Mas se fosse assim, seria mais uma vez os Hermanos de sempre.


"Quero perder de vez tua cabeça,
minha cabeça perder teu juízo.
Quero cheirar fumaça de óleo diesel,
me embriagar até que alguém me esqueça"
(Chico Buarque)

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