sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Com açúcar, com afeto

2008 foi muita informação


Baita preguiça de escrever sobre certas coisas, misturada a uma grande vontade de escrever qualquer coisa.

Dez festas em sete dias, trinta horas sem comer, DJs, enfermeiras e tequileiras por todos os lados, amigos indo e vindo, patrões enlouquecendo e um dos melhores climas de trabalho que já tive.

Meu mundo virando sépia toda manhã e me lembrando a cada dia que as coisas que escolhi pra 2008 se concretizaram antes do ano acabar.

Construiu uma vida e no 360º ela descansou.

Fica um vazio de quereres para o ano que está pra vir.

Que siga o embalo deste que termina abrindo os caminhos dos Filhos-do-Vento.


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Família vai bem. O reizinho nunca esteve tão maduro em seus pensamentos e começa a descobrir as delícias das palavras lidas antes de dormir.

Encontros casuais (ou não) deixam os dias mais agitados, mas o que eu quero mesmo é a tal tranquilidade.

Falta coragem de pegar no telefone e fazer aquele convite. Quem sabe até a folga acabar. Enquanto isso, o principezinho vai me ensinando que flores não foram feitas para serem compreendidas.

Hoje não tem música.



"Não devia tê-las escutado", confessou-me um dia, "não se deve nunca escutar as flores. Basta admirá-las, sentir seu aroma. A minha perfumava todo o meu planeta, mas eu não sabia como desfrutá-la". (...)
Confessou-me ainda:
Não soube compreender coisa alguma! Deveria tê-la julgado pelos seus atos, não pelas palavras. Ela exalava perfume e me alegrava... (...) Deveria ter percebido sua ternura por trás daquelas tolas mentiras. As flores são tão contraditórias! Mas eu era jovem demais para saber amá-la."
(O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry)

domingo, 7 de dezembro de 2008

Let's Rock

Com sabor de travessura de criança


Saudades de babacas que sabem de amor, quase igual a mim. Que andei um tempo por aí, achando que sabia tudo. Achando que o acaso não existia, acreditando em sensações como se fossem sentimentos.

Aos poucos, a gente aprende a hora de parar.

Tá certo que algumas vezes é bom tomar um porre, mas passa a ser voluntário. Passa a ser uma escolha dentre tantas outras. Parar por aqui ou seguir adiante.


E reaprender, a cada dia, que pra tudo tem um tempo. E pra muita coisa, paciência.


Meus afetos se acumulam como os papéis na cabeceira. Depois de uma boa ressaca, é hora de recomeçar. Mas têm questões que dão uma mega preguiça de resolver.


"E o que você vai fazer quando tiver 50 anos e uma lista de afetos acumulados?"


Faltam vinte e seis anos pra isso. Quando chegar mais perto eu penso melhor.


Por hora, aquietar o coração é importante, companhia na cama de casal também. Se divertir é fundamental, mas tem riscos que eu prefiro não correr.


Eu digo que sou egoísta e as pessaos teimam em não acreditar.




"Vão as minhas meninas
Levando destinos
Tão iluminados de sim
Passam por mim
E embaraçam as linhas
Da minha mão"
(Chico Buarque)