domingo, 25 de janeiro de 2009

À uma paixão que teima em não passar

Meu Plano

Meu plano era deixar você pensar o que quiser
Meu plano era deixar você pensar
Meu plano era deixar você falar o que quiser
Meu plano era deixar você falar
Coisas sem sentido, sem motivo, sem saber
Andei fazendo planos pra você

Engano seu achar que fosse brincadeira
Engano seu
Aconteceu de ser assim dessa maneira
E o plano é meu
Mesmo sem sentido, sem motivo, sem querer
Andei fazendo planos pra você

Pra você eu faço tudo um pouco mais
Pra você ficar comigo e ninguém mais
Largo os compromissos
Deixo tudo ao lado
Você tenta em vão me convencer
Que é melhor não fazer planos pra você

Meu plano era deixar você fugir quando quiser
Meu plano era esperar você voltar
Engano meu achar que o plano é passageiro
Engano meu
Acho que o destino antes de nos conhecer
Fez um plano pra juntar eu e você
Pra você ficar comigo eu faço tudo um pouco mais
Pra você ficar comigo e niguém mais
Largo os compromissos deixo tudo ao lado
Você tenta então me convencer
Que é melhor não fazer planos pra você

(Lenine)

Às pequenas coisas da vida

Pequenas coisas para pequenas pessoas

Um gosto, um cheiro, um tempo, um vento, um calor no rosto, uma água gelada na pele, uma água gelada na boca. Pequenos sabores de leves detalhes, desses que acontecem o tempo todo, com todo mundo.

Não sei de onde veio essa mania de sentir mais do que pensar (e olha que eu penso um bocado).

De calmaria à agitação, de nervoso, de ansiedade, de quietude e de medo à paixão.

Paixão por foto em preto e branco, por cheiro de café fresquinho, por pé descalço na terra batida, por pedalinho numa tarde de sol.

Paixão por amigos em mesa de bar, por livros deixados em cima da cama, por música ouvida no caminho, por frases que não se cansam de repetir.

Paixão por vozes, por toques, por ritmos, por letras, por passarinho cantando na varanda e vizinho pedindo uma xícara de açúcar.

E essa velha mania de viver me apaixonando a todo momento.

Vontade de ir embora, de enfiar tudo num notebook e sair por aí a procura de redes e cangas. De copos de mate e de cerveja.

Meus vícios desde o início.

Se os gostos se moldam até os sete anos, devo ter vivido em sete anos mais do que muita gente já viveu até os trinta.

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"Eu desconfio muito de quem não valoriza o seu ócio predileto e acaba virando gangster de si mesmo. Até podem ganhar prêmios com sua dedicação inumana, mas perdem todo o sabor da vida"
(Martha Medeiros)






"Eu gosto dos que tem fome,
dos que morrem de vontade
dos que secam de desejo,
dos que ardem"(Adriana Calcanhoto)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

E eu ando carente de uma porção de coisas

Porque tudo sempre rola de uma vez só


Projetos que dão certo, outros que nem tanto. Respostas sem perguntas, perguntas sem respostas. Tudo acontecendo daquele jeito que eu já aprendi a me acostumar. Tudo junto e misturado.

Ainda me pego vendo acontecer os planos feitos há tanto tempo, que nem me lembrava mais que existiam.

A velocidade de certas coisas às vezes me assusta.

Mas "vamo que vamo", nessa mania de tocar pra frente enquanto a maré empurra a gente.

Segue adiante que o "sucesso chega pra quem não tem tempo de pensar nele" (já diria meu orkut).

E quando o trabalho dá uma trégua, quando a porta fecha atrás das costas, é que chega o vento fraco que vai levando com ele as vozes que eu ouvi durante o dia. E o silêncio que fica, me lembra um quarto escuro e vazio, mesmo com todas as luzes acessas.

Solidão é prato frio, é comida repetida no jantar, é dormir com travesseiro entre as pernas, é cama de casal pra um só.

Solidão não é abandono. É saber quem em outro lugar você tem colo, aconchego...em outro lugar, que não aqui, que não agora.

A melhor tática continua sendo se afogar em trabalho. Ocupar a cabeça ainda é a única forma que eu conheço de fazer o tempo passar mais depressa.

E nessa coisa de tudo junto rolando de uma vez só, a vida vai nos dando presentinhos diários, como doces a crianças bem comportadas.

Essa mania de falar demais, um dia tinha que me servir de alguma coisa.




"Você me acompanhava
E me daria a mão?
Na sua calmaria
Eu ia ser vulcão..."
(Myllena)

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Eu, que sou jovem demais para saber amá-las

Às flores do meu planetinha


E mesmo sem canela, o ano começou trazendo de graça os últimos pedidos de 2008.

2009 começando em ritmo de festa...

"Que tudo se realize no ano que vai nascer...muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender".

Ressaca moral é pior do que física. Entrar num eixo pode ser mais doloroso do que se imagina.

Encontros casuais ou não fazem os dias passarem de pressa.

Presentes, encomendados ou não, fazem sentir que tudo faz algum sentido.

Curtir a vida adoidado é uma delícia, mas continuo zelando pelos meus dias de paz.

A tranqüilidade tão almejada talvez seja o que me falta pra 2009.

Enquanto as flores se multiplicam, me deixando cada vez mais confusa, o Djavan aparece pra me lembrar...

"No pé que brotou Maria, nem Margarida nasceu..."

Deixa ser, como será....a folga acaba em três dias.





"Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado..."
(Raul Seixas)