domingo, 15 de fevereiro de 2009

O Parangolé tá valvulado

Caindo no samba pra levantar as idéias


- Shiiii.....
- O que foi, Arthur?
- Estou ouvindo os sons da natureza...


Às vezes, as palavras engasgam pra sair e as lágrimas falam mais que qualquer coisa.

Quanto vale a distância? Quanto vale o tempo que não se acompanha? Quanto de felicidade cabe num instante? Quanto de tristeza vale alguns instantes de felicidade?

Vontade de ter por perto se misturando com a vontade de ficar longe de uma porção de coisas. Vontade de voltar atras segurando vontade de seguir adiante.

A gente corre, corre, corre, mas nunca sabe exatamente onde quer chegar.

- Então é isso, mãe?
- Isso o quê?
- A gente nasce, cresce, trabalha, trabalha mais e morre?

Ando querendo uma casa no campo, meus bons amigos me cercando, meu filho correndo no quintal, meus livros e discos nas estantes, meu notebook no colo e minhas idéias valendo dinheiro o mais rápido possível.

Essa dedicação inumana nos faz perder todo o sabor da vida (já diria minha amiga Martha).

Dedicação Total a você fica lindo em slogan de financeira fastasiada de loja de eletrodomesticos e afins. Na prática, dedicação total é praticamente impossível e tende a nos levar a estafa.

Me sinto nova demais pra tanta coisa.

Em que parte da vida a gente se diverte?




"Minha carne é de carnaval
O meu coração é igual
Minha carne é de carnaval
O meu coração é igual
Minha carne é de carnaval
O meu coração é igual"
(Os Novos Baianos)