sábado, 10 de outubro de 2009

I do

- Você acha que ela está apaixonada?
- Uhum...
- E você?
- Eu gosto dela...
- Gosta só? Você tinha que ver como seus olhinhos brilham quando você fala dela.

E uma saudade imensa que tava me apertando aqui dentro. E um espaço imenso que passou a ocupar nos meus pensamentos. E um carinho imenso que passou a acompanhar tudo isso que eu penso.

Dá medo. Um medo de criança que já caiu uma vez, mas não desiste de tentar subir na árvore. Dá medo de cair. Porque nessa fase, a gente já sabe que dói e já começa a perceber que aquele instante do "para agora ou vai em frente" acabou de passar, enquanto a gente vai, indo sem pressa, tomando cuidado, comigo e com você.

E me assusta. Assusta pensar nessa coisa de alguém completamente novo na sua vida passar a fazer tanta diferença.

Mas, dessa vez, sem se acovardar. Sem deixar que o medo anule o que há de melhor. Sem deixar que o susto sobressaia às coisas boas que têm acontecido nas últimas semanas.

- Eu me apaixonei por você.
- Que bom, porque se eu gostasse sozinha ia doer.

O medo que dá é perceber que agora tem coisas que já podem fazer doer.

A satisfação que dá é perceber que agora tem coisas que fazem todo sentido. E é bom demais que os sentimentos sejam recíprocos.

O Manual da Camilinha ainda precisa de muitas páginas. Mas com o tempo você completa as regras. Meus amigos são ótimos pra isso. Tenho certeza que vão acabar te dando uma forcinha. Se prepara que agora tem uma família inteira pra você conhecer. E a aprovação deles é mega importante.

Você quer saber se eu quero e eu quero saber se já sou.


"Não tem mal, nem maldição
não tem sereno no meu dia
Não tem sombra e assombração
Não tem disputa por folia
Tem bola de capotão, capitão capture essa menina
Tem saudade e saudação
Tem uma parte que não tinha...
parte que não tinha... parte que não tinha..."
( O Teatro Mágico)

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