domingo, 30 de dezembro de 2012

nata


uma cena de alguém cortando fora a tatoo com um estilete, minha avó num avião da FAB, meu avô entrando bêbado cantando boemia. era uma frase que eu me lembrei hoje de manhã e já me esqueci novamente. é alguma coisa com um longo começo sem falas, câmera fechada e o som do mar. é a sutileza de poucas palavras e histórias cruzadas em momentos banais. qualquer coisa com pássaros e gaiolas (gostei demais dessas metáforas) e um ambiente surrealista. tarantino, sudoeste e uma bela paisagem agreste. o mar. mais silencio que barulho. a música que é silêncio. o som do tunel. o tiro, o grito e o grito em expressão escrita. é algo sobre amizade e suportar essa dor imensa que corroi tudo enquanto buscamos enlouquecidamente os momentos para sorrir. é uma história de maquinista e de bondade e de coisas das quais somos capazes (sem precisar de momentos extremos e cruciais da vida). é sobre as pessoas que eu conheço e as historias que eu vi/ouvi por aí nesses últimos 28 anos.

no fim de tudo, é sobre o que eu nunca vou saber responder.


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