segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Essa tal Medusa: a Teoria ou Essa tal Teoria: uma Medusa

A forma, uma fôrma. Uma frase, uma gota. Palavras e sussurros, que antes saiam como que escorrendo das mãos para o papel, agora estão secas. Areia e pedra. A forma, a fôrma. Se sobrepondo ao conteúdo, à intuição, ao entusiasmo e necessidade (quase que fisiológica) de exprimir, de alguma maneira, as dores, angústias, aflições. Hobby, quando vira ofício, muda o gosto e a aparência.  A “vida” ganha aspas. Os sentidos semi-domados, enjaulados em pensamentos distantes. O que antes era só sentir, hoje é só pensar. Como é difícil o caminho do meio! Encontrar junto à forma, que é fôrma, que deforma, os caminhos para os sentidos. Brecht não tinha um professor. Ou terá tido? Escrever se aprende, ou já se nasce sabendo?

"A corrente impetuosa é chamada de violenta
Mas o leito do rio que a contém
Ninguém chama de violento"
Bertold Brecht

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