quinta-feira, 9 de junho de 2011

Tanta coisa e tudo cabe

Faz muito frio e chove. Queria você do meu lado na cama agora. É muita coisa ao mesmo tempo. E eu costumava dizer que nunca havia sido diferente. E talvez nunca tenha sido. Nunca foi devagar, nunca foi aos poucos. Desde sempre foi em grandes goladas. Em textos de palavras comidas, saltadas. Em sentimentos e sensações engavetadas. Você tentou me ensinar a desacelerar. Você me mostrou que é muito mais gostoso quando vai acontecendo aos pouquinhos. Foi assim no início. Mas de tempos em tempos eu te puxo, eu acelero. E acabei descobrindo aí dentro um alguém tão ansioso quanto, tão inquieto, tão angustiado quanto eu com tanta coisa. Você não é normal, meu amor. Você não cabe nessas regras. Tanto que está aqui. 

É muita coisa, eu sei. Para mim também. E tem sido lindo mesmo assim. E tem sido lindo mais assim. E me enche o peito e os olhos quando eu sinto e vejo e ouço que até hoje foi só você que chegou aqui, tão dentro. Só você respeitou e respeita tanto, que eu seja assim. De um jeito que nem eu sei às vezes (na maioria das vezes). Essa angústia que a gente carrega, esse café no meio da tarde chuvosa, esse olho cheio de lágrimas diante de um momento feliz: somos nós. Essa pressa de aprender a ser devagar, completa. Ou melhor, suplementa. É o que faz ser cada vez mais amor. 

2 comentários:

Um brasileiro disse...

oi. tudo blz? etive por aqui. muito legal.gostei. apareça por la. abraços.

Filipa Goulão disse...

Gostei muito ;)
Passe pelo meu http://soueuapenasdentrodemim.blogspot.com/e veja se gosta :D
Kiss =)