sábado, 25 de dezembro de 2010
Confusão
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Eu quero o verão
domingo, 5 de dezembro de 2010
Susto
Eu não quero te perder. Nem agora, nem assim.
Eu não aguentaria.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Satisfação
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
O que cabe
Eu sou alegre quando acho graça de uma piada, quando meu time ganha uma partida de futebol, quando recebo um elogio. Feliz ou se é ou não. Não tem meio termo, meio do caminho. E não vale gaguejar na hora de responder.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Amidalite no feriado
sábado, 30 de outubro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Revisitando
um trecho
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Eu não sou Clarisse
- Mas do quê você gosta?
- Não sei. Não porque eu não goste de nada, mas porque gosto de muitas coisas ao mesmo tempo. Gosto de comunicação comunitária, gosto de educomunicação, gosto de letras (gostaria de entender muito mais de literatura do que meu vago conhecimento me permite), gosto de ciências sociais... Não sei. Gosto da idéia de desenvolver soluções para questões sociais, gosto da idéia do meu trabalho ser útil para alguém.
- Acho que quando a gente pensa em trabalho, não pode deixar de lado a questão da rotina. Tem que pensar em algo que você se imagine lidando todos os dias. Porque tem coisas que só são muito legais até que virem uma obrigação.
- Eu não sei. Ando perdida e tenho me sentido burra. Já fiz dois anos de formada e nada. Não estudo mais, não entrei no mercado de trabalho na área que estudei... fiquei para trás.
- Pode ser sua chance de dar uma pausa, organizar as coisas, pensar melhor.
Daí eu me lembro da tal entrevista e da frase do Bill Gates: “Dê um tempo para você mesmo e crie alguma coisa”.
E uma angústia que chega devagar, que embrulha de leve o estômago e vai subindo a garganta atropelando os caminhos, os espaços. Preciso de uma pausa, um tempo, umas férias. Preciso da solidão escolhida e não desta que me tem sido imposta. Preciso escrever agora, porque é o que ainda sei fazer para espantar o desconforto. Até quando? Talvez até sempre. Talvez uma angústia crônica associada à decepção de me saber incapaz de acumular todo conhecimento que gostaria e de sentir o tempo passar enquanto mergulho nesse mundo corporativo covarde de bancários, banqueiros e bancarrotas. Uma briga interna, inteiramente minha. Eu e o que eu espero de mim mesma. Eu e o que eu tenho feito para ser quem sou. Desleal essa história de brigar consigo mesmo. Covardia versus coragem, medo versus ansiedade, o que eu sou versus o que eu gostaria de ser. E sobra o inverso da satisfação de dizer: minha vida é a minha cara, como no programa de TV. Eu não crio coisa nenhuma. Faz tempo que eu não penso, no sentido mais real que isso possa ter. Pensar para elaborar raciocínios novos. Tenho sido um robô manuseando programas e pessoas, me deixando a mercê de tipos que eu jamais gostaria de ter conhecido. Trancada num labirinto onde ganância, vaidade e inveja ditam as regras do jogo. E pensar que fui eu que pulei aqui dentro. Eu escolhi me trancar na jaula com os leões em troca de menores cobranças e mais dinheiro no bolso. Me deixando levar por sentimentos próximos aos dessas pessoas que tanto repudio. Me dão ânsias e enjôos e eu aqui, buscando a chave do cadeado que eu mesma fechei. Tenho a sensação de que quando essa porta abrir, só vou levar comigo meu gato cinza, minha caixa de livros e vinis e a certeza de ter me livrado de uma bela e falsa armadilha. Dinheiro, status e “estabilidade” pagam as contas, mas deixam um rombo enorme no seu coração. Ando procurando outro lugar para pendurar minha rede.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Armadilha
Armaram uma ratoeira, que daqui eu consigo ver o tamanho, mas quanto mais próximo chego do queijo, melhor é o cheiro.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Conversa a três
A fome é tamanha. A ânsia é tanta que a boca não fecha.
- Não é só o fato de escolher entre uma cidade e outra. É escolher entre estilos de vida opostos.
- É a adrenalina versus a calmaria.
- Pode ser o profissional versus o pessoal.
- Não preciso fazer essa escolha. Essa escolha eu já fiz. Mas a busca é por consciliar tudo. Por mais que a gente saiba que tudo ao mesmo tempo é ilusão.
- Vai sempre ser. Porque logo que consegue uma coisa, já tem outra por querer. É a fome que não passa.
- Sua digestão é muito rápida. Rsrsrs
- Eu acho que você deveria ir. Vai ser bom pra vocês.
- Eu sei.
sábado, 7 de agosto de 2010
Petrópolis, 04 de agosto de 2010
Isso não era para ser uma carta, mas sei que só um bilhete não vai dizer o que eu quero te dizer. Por aqui as coisas vão indo, se alternando em dias de euforia e do contrario dela, um sentimento que beira o desespero. Quase não me reconheço na maior parte do tempo. Ando trabalhando demais e sendo eu de menos. Entrei para a Capoeira, adotei um gato, vou ganhar uma bicicleta. Talvez as coisas melhorem. Meu pequeno passou uns dias comigo, a mulher que eu amo tem passado os últimos e não sei como vou ficar quando todos se forem. Tenho tentado trabalhar menos, para que algo me recompense diariamente. Pendurei um calendário na parede e conto os dias que faltam para a semana acabar. As vezes me sinto como um dependente químico em processo de recuperação: conto as horas para agüentar, só mais um pouquinho, para viver mais um pouquinho, para mentir mais um pouquinho. Mas sabe, Flor, eu não minto o tempo todo. Não consigo. Não consigo viver 24horas o personagem que me empurraram goela abaixo. Por isso a Capoeira, o gato, a viagem para Trindade. Por isso escrever cartas, ler livros, te preparar caixas surpresa. Para misturar cada pedacinho com os pequenos detalhes cotidianos. Regar as flores, fazer compras, lavar roupa, cozinhar, manter a casa limpa, o armário arrumado, o potinho de comida do gato cheio, tirar o lixo, lavar a louça, o banheiro, a cozinha. Mas eu não minto o tempo todo, não consigo. E tem dias, Flor, que dá vontade de me rasgar de dentro pra fora. Vontade de gritar com a vizinha que não pára de brigar com o namorado, de xingar aquele mala que acha que é meu chefe e não é, de mal dizer todos os petropolitanos por não ter feito amigos aqui em mais de seis meses. Dá vontade de deitar na minha cama e deixar o tempo passar até o ano acabar. Mas aí, Flor, quando a fase do desespero começa a passar, quando aos pouquinhos eu começo a me refazer em forças para criar novos sonhos, novos planos, quando consigo me encontrar em pequenas coisas e desejar tudo que me dê possibilidade de ser mais eu, menos esse personagem que vai trabalhar de segunda a sexta; quando vai ficando cada vez mais claro que grande parte do meu peso vem da atividade que eu tenho exercido, eles me compram com bonificações, jantares, dinheiro referente a siglas que eu nem sei o que querem dizer. Remunerações variáveis de coisas que eu não gostaria de ter feito. E eu me sinto vendida. E chego em casa carregando um mundo nas costas. E deito no chão da sala e olho ao redor, vendo tudo que comprei com esse dinheiro, vendo o apartamento onde eu moro e pago com esse dinheiro. E penso na escola do meu filho, no presente para minha mãe, naquele fim de semana, nas idas ao cinema, nos armários cheios de comida, roupas e livros. E as vezes acho caro, muito caro ter certas coisas. Qual o preço da minha tranqüilidade, Flor? No silêncio do meu apartamento vazio, fica o barulho do dia inteiro, ressoando dentro de mim. As vozes, as frases, os tons ríspidos da fala, os olhares, as piadinhas e os sapos, os imensos sapos de cada dia. Quando a vontade de escrever se dispersa nas angústias que não se deixam expressar. No barulho interior. Eu queria te dar noticias, Flor. Contar do fim de semana em Trindade, das idas a Juiz de Fora, das conversas com meu pequeno, do amor que a mulher que eu amo tem me dedicado, te contar das travessuras do Jimmy (o gato) e te fazer perguntas sobre a vida por aí. Mas é preciso diminuir os ruídos. Eu já tenho a varanda, a rede, o notebook no colo e o copo de mate na mão, mas cadê o silêncio?
terça-feira, 3 de agosto de 2010
So deep inside
Dói. Uma dor que não é forte nem fraca. Nem constante. Intensa, quando vem. Muito diferente de dor de se descabelar, de dor de se jogar no chão e fazer manha como criança. Uma dor que eu não conhecia. LSD sem prazer. Um não fazer, não mexer, não levantar nem sentar. Ficar como está. Nem quente, nem frio, nem claro, nem escuro. Talvez o clima esteja ajudando um pouco. Nessa época, a serra já deveria estar com céu aberto todos os dias. Tem sido nublado. Acalmar a impaciência, deixar os tumultos de fora, dar ao tempo o que lhe pertence. Se fosse mais fácil. Se fosse mais exata essa coisa de vida, de organizar pensamentos, de manter o centro livre de interferências. Se fosse mais concreto isso de consciência, energia flutuante entre o que é meu e todo o resto. Cheguei a acreditar que fosse só uma questão de adaptação, de aprender a viver só. De se deixar envolver pelo silêncio do apartamento vazio, pela rotina das coisas pequenas do dia a dia, pela obrigação de deixar tudo limpo, de tirar o lixo, de pôr a roupa na máquina, de regar o vaso de planta. Acreditei que era só aprender a conviver com a solidão. Talvez. Talvez ainda seja. Talvez essa coisa de reclamar do trabalho, de pôr a culpa naquela velha chata que se comporta como se fosse minha chefe ( e não é ), não seja nada mais do que desculpas. Para mim mesma. Desculpas para não assumir que está difícil se adaptar à solidão. Para não assumir que talvez eu não saiba ser sozinha e precise. Nem sempre é tranqüilo carregar o peso das escolhas que fazemos.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Poltrona 19
sábado, 10 de julho de 2010
Por tão pouco
domingo, 13 de junho de 2010
Minas Gerais
quinta-feira, 10 de junho de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
1- ATIVIDADE TEXTUAL
A Semana Santa
A Páscoa tem vários símbolos e os mais populares são: o Coelho da Páscoa e os ovos de Páscoa que simbolizam a fertilidade e a ressurreição de Cristo.
Jesus Cristo foi um homem que foi crucificado sem razão e três dias após sua morte, ele voltou e ficou quarenta dias na Terra. No final de quarenta dias, ele foi para o Paraíso conhecido como Céu e agora está comandando a Terra ao lado de José, Maria e Deus.
A Páscoa é o aniversário de morte de Jesus Cristo e na Páscoa tem uma procissão que representa a entrada e a saída da cruz de nosso pai, que antes de ser crucificado foi traído por Judas, chicoteado pelo exército romano e foi colocada uma coroa de espinhos que fazia o sangue sagrado derramar no chão e mandaram Cristo carregar a cruz nas costas até a montanha. Lá, foi crucificado e perdoou um dos ladrões que foi crucificado ao seu lado e que falou: - Por favor, criador, perdoe todos os meus pecados e me leve com você para o céu. Cristo o respondeu: - Já estará comigo no Paraíso.
Então, agora que vocês entenderam que a Páscoa não é apenas o coelho nem os ovos de chocolate, vocês já sabem que a Páscoa é o feriado em que o homem celebra o aniversário de morte de Jesus.
Arthur Silva Caetano (8 anos)
quinta-feira, 15 de abril de 2010
aquarela
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Branco navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...
Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...
Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)...
(Toquinho e Vinicius)
Gosto dessa música
sábado, 27 de março de 2010
pedacinhos
Além do que se vê
domingo, 14 de março de 2010
o que é
São quase seis meses. De poucos textos, alguns depoimentos, muitas mensagens de celular e milhares de minutos ao telefone. Seis meses partidos ao meio pela distância de tantos dias. Meio ano de respeito, carinho, amor, dedicação. E já não quero mais pensar em viver sem. Já não penso. Já entreguei os pontos de todo o medo e insegurança que me rodearam no princípio. Já não sei mais fazer planos que não incluam você.
quarta-feira, 10 de março de 2010
telegrama
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
fotografias
uma tarde
(Camila Damasceno)
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
trechos de mim em mim mesma
Eu tive um sonho, vou te contar
domingo, 31 de janeiro de 2010
Sabendo a dor e a delícia
Pro meu coração
E não vale a pena ficar, apenas ficar
Chorando, resmungando, até quando, não, não, não"
(Chico Buarque)
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
O que não se ensina
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Chove forte na terra da garoa
Tem uma pastinha da Gadú no seu pc
(Maria Gadú)
Sai de si
Vem curar teu mal
Te transbordo em som
Poe juizo em mim
Teu olhar me tirou daqui
Ampliou meu ser
Quero um pouco mais
Não tudo
Pra gente não perder a graça no escuro
No fundo
Pode ser até pouquinho
Sendo só pra mim sim
Olhe só
Como a noite cresce em glória
E a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir
Os sonhos
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Eu também - O que não cabe em um depoimento
domingo, 3 de janeiro de 2010
na cadência do meu samba
Crescer dá muito trabalho.