quinta-feira, 2 de abril de 2009

Nem choro, nem vela, nem fita amarela

Das coisas que se escreve


"Quis tocar-lhe os braços num gesto de afeto que não lhe cabia. Recuou com as mãos até os próprios braços enlaçando-se em suas confusões. Era linda, estava estática, com os olhos cheios de lágrimas que não rolavam. Quis novamente abraçá-la, pegá-la no colo, levá-la para casa, mas não conseguia se movimentar além do espaço que o próprio corpo ocupa no mundo. Conteve os gestos, tentou algumas palavras. Descobriu que às vezes o silêncio diminui o desconforto".



"Você se aproxima de mim
Com esses modos estranhos e eu digo que sim
Mas teus olhos castanhos
Me metem mais medo que um dia de sol"
(Tom Jobim)

Um comentário:

Anônimo disse...

Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não.

vinícius