- Chegou mais cedo hoje?
- Vim embora.
- Aconteceu alguma coisa?
- Coisas acontecem todos os dias.
- Quer conversar?
- Não.
- Boa noite.
- Boa noite.
- Na verdade quero.
- Pode falar.
- Até onde você iria por amor?
- Como assim?
- O que você faria por alguém?
- Difícil dizer assim, sem analisar uma situação.
- É que eu acho que não faria muito.
- Talvez porque não ame de verdade.
- Mesmo amando. Meu muito é pouco pra muita gente.
- Essas coisas são relativas. Você se sente mal com isso?
- Às vezes. Se vejo que sofrem por minha causa. É incômodo fazer alguém sofrer, mas não chega a me doer... Sabe, essas coisas que acontecem todos os dias, me deixam cada vez mais frio e distante. Emotivamente frio e distante.
- Na verdade quero.
- Pode falar.
- Até onde você iria por amor?
- Como assim?
- O que você faria por alguém?
- Difícil dizer assim, sem analisar uma situação.
- É que eu acho que não faria muito.
- Talvez porque não ame de verdade.
- Mesmo amando. Meu muito é pouco pra muita gente.
- Essas coisas são relativas. Você se sente mal com isso?
- Às vezes. Se vejo que sofrem por minha causa. É incômodo fazer alguém sofrer, mas não chega a me doer... Sabe, essas coisas que acontecem todos os dias, me deixam cada vez mais frio e distante. Emotivamente frio e distante.
"Sou inquieta, áspera
E desesperançada
Embora amor dentro de mim eu tenha
Só que eu não sei usar amor
Às vezes arranha
Feito farpa"
(Clarisse Lispector/ Cazuza)
2 comentários:
tô tão travada pra escrever que nem consigo comentar mais certas coisas que leio.
acho que o cazuza só musicou, na verdade. clarice que escreveu.
É..soube disso depois...
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