Um filete de sangue escorre do meu ouvido direito.
Ele não vai parar
Minha cabeça pulsa num inchaço lancinante.
Ele não vai parar
Meus joelhos e pulsos parecem ceder, despedaçando meu corpo
disforme.
Ele não vai parar
A figura esquálida que vejo na tela, através da fresta em
que se abrem meus olhos, um dia foi a imagem de mim.
O meu algoz sorri.
Esse corpo que pende não sou mais eu.
O corpo sem desejo é o corpo torturado.
Descolado da alma.
Inerte.
(Texto de estímulo para o II Experimento G2- Módulo Azul - SPET - 2012)
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