domingo, 1 de junho de 2008

Diretamente diferente

Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você


É estranho essa mania de só dar valor às coisas depois de perdê-las ou de tê-las distantes. Mas é assim que sempre funciona. E eu sei que quando voltar, muita coisa vai ser pior do que a imagem que eu carrego guardada cheia de melancolia nostálgica.

Muita coisa, mas nem tudo.

Tem coisas que a gente sempre sabe como são. Tem tardes, palavras, respirações, que a gente se lembra do ritmo, do tom, da sonoridade da gargalhada. E é diretamente diferente lembrar-se disso tudo de estar aí te ouvindo, te vendo, te agarrando no sofá e recebendo as melhores frases e histórias do "menininho que prefere imaginar".

Eu escolhi viver um sonho, um desejo, e pra isso tive que deixar muita coisa para trás. Coisas que eu sei bem quais são e que espero que um dia você possa entender. Mas na verdade, só me importa que VOCÊ entenda, mais ninguém.

E a falta que a sua presença faz na minha vida também é diretamente diferente da falta que qualquer outra pessoa possa fazer.

Todas as pessoas do mundo merecem ter um filho um dia. Mães solteiras, casais gays, "pães". Só vivendo a realidade de acompanhar um serzinho crescendo pra entender o que isso muda na velocidade que o planeta gira pra você. ( Ainda não consigo entender como alguém cosegue maltratar o próprio filho)

Muitas saudades, muita nostalgia, mas uma puta sensação de que as coisas começam a se encaixar.

Não acredito em predestinação, mas na "fé que você deposita em você e só". Vou abrindo aqui o caminho pra quando você vier passar.

"Da luta não me retiro, me atiro do alto e que me atirem no peito"


"Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minh'alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar
Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar
Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim"
(O Teatro Mágico)

Um comentário:

Anônimo disse...

um dia ele vai saber que lembrar de certas coisas que já existem, e existiram sem a gente nem imaginar, é ainda melhor do que imaginar.
mas ele tem tempo,muito tempo ainda.

o por do sol no campus fica ainda mais bonito no inverno.
calouras também rs. adoro o inverno, deve ser por isso.
hoje deu saudade de rir junto. mas ri sozinha, não consigo segurar o riso só por falta de companhia no corredor rsrsrs.
beijão, criança.