segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Leve como leve pluma

Muito leve leve pousa...


Ah meus amigos, queridos amigos que deixo por aqui...

Amigos que carrego comigo todos os dias, em todos os risos, em todas as piadas que só a gente entenderia, em todas as conversas de fim de tarde, em pontos de ônibus, em filas do banco ou do supermercado.

Ah amigos meus de colos, de ombros, de bocas, de braços, de mãos (dadas ou não). Ah amigos de longas datas e de curtos mas intensos tempos.

Amigos meus que guardo no mais fundo de mim. Guardo os pedaços, os olhares, os beijos, os longos abraços. Os sons, o estalar dos dedos e o timbre da voz. Amigos dos quais guardo os cheiros. E como cheiram bem os meus amigos...

Isso é nostalgia e não saudades. Ou saudades antecipadas dos amigos que escolho levar comigo, mas deixo por aqui quando resolvo ir.

E é tempo de ir, amigos meus. Tempo de ver e ouvir, conhecer e fazer mais e mais amigos. Sentir mais gostos, mais abraços, cheiros e timbres de voz.

Mas estejam sempre aqui amigos meus. Aqui ou onde quer que estiverem. Estejam sempre comigo em vocês, como estarei com vocês em mim.

E mais uma vez parafrasiando o velho amigo Vinícius: não morrais amigos meus.


"Enquanto eu respirar
vou lembrar de você
Só enquanto eu respirar"
(Teatro Mágico)

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