domingo, 31 de janeiro de 2010

Sabendo a dor e a delícia

"E nada como um tempo após um contratempo
Pro meu coração
E não vale a pena ficar, apenas ficar
Chorando, resmungando, até quando, não, não, não"
(Chico Buarque)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O que não se ensina

"Nos caminhos que decidiu seguir havia percalsos e desconfortos, mas a idéia de que tudo se encaixaria para gerar os melhores resultados era sempre predominante. Um otimismo burro, que muitas vezes indicou estradas confusas, portas erradas. Quando começou a aprender a medir sua própria ansiedade, pôde perceber que os resultados sempre são proporcionais aos esforços. Um grande prêmio envolve um grande risco. Mas coragem não tem nada a ver com imprudência." (Camila Damasceno)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

bate-papo

Até que ponto você banca sua loucura?

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Chove forte na terra da garoa

Entre escolhas de palavras certas e observações de atitudes alheias, a zona de desconforto vai se justificando em detalhes sutis e monetários (nem tão sutis assim). É o preço que se paga. Literalmente. É o tanto que se vende, diariamente. "Dá pra ser feliz", ela afirma. E eu tento me apegar às argumentações. E me apego sempre mais às possibilidades. À tudo que o dinheiro pode comprar que beneficie o que ele não compra. Propaganda de cartão de crédito. "Tem hora que parece que eu tô sonhando." E quando tudo muda de repente, não existe um padrão, um parâmetro que ajude a direcionar as atitudes, e as cenas se atropelam diante dos meus olhos, me pedindo respostas que nem sempre eu sei dar. Ajo por instinto. E por instinto choro nos seus braços quando o feriado acaba. Quando acordar sozinha me trás de volta à realidade-sonho que eu ando vivendo nos últimos dias. Quando lembrar de você no chuveiro me faz rever conceitos que antes eram tão enraizados. Quando te ver fazendo tudo para estar sempre ao meu lado me dá forças para continuar distante. Parece estranho, eu sei. E é. Acreditando que os fins justificam os meios (desde que não ultrapassem meus valores), sigo em frente diariamente. Te dando "bom dia" toda manhã, ao olhar pro espaço vazio na cama. Te dando "boa noite" quando deito, ao abraçar o travesseiro com o seu cheiro. Na esperança de que o ano não demore a passar.

Tem uma pastinha da Gadú no seu pc

Encontro
(Maria Gadú)


Sai de si
Vem curar teu mal
Te transbordo em som
Poe juizo em mim
Teu olhar me tirou daqui
Ampliou meu ser
Quero um pouco mais
Não tudo
Pra gente não perder a graça no escuro
No fundo
Pode ser até pouquinho
Sendo só pra mim sim
Olhe só
Como a noite cresce em glória
E a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir
Os sonhos
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Eu também - O que não cabe em um depoimento

Saudades do cheiro, do gosto, da pele. Da voz, do beijo, do afago nos cabelos. Da risada, da testa franzida, do carinho na nuca. Do jeito, do gesto, das mãos. Saudades das piadas, das conversas, da compreensão. Também te queria aqui pra me dar colo quando eu chego do trabalho. Pra te dar colo na hora de dormir. Talvez algumas coisas sejam mais fáceis pra mim, já que no meu caso tudo é novidade. Não sei como seria se quem partisse fosse você. Mas ando cansada de pensar em "como as coisas seriam se..." Melhor pensar em como estão sendo, não é? Pensar que ao menos temos várias horas ao telefone diariamente a uma tarifa mega reduzida. Pensar que em três horas eu tô aí ou você aqui. Pensar que não faz nem uma semana ainda e eu já estou indo. É difícil. E tem horas que a vontade é de largar tudo e sair correndo. Passar naquela porta na hora do almoço e não voltar mais. Mas nada disso iria adiantar. Você diz que superada essa fase, nada mais separa a gente. Eu tenho medo de palavras como "nunca", "nada", "sempre"... principalmente se vierem acompanhadas por um "mais". Mas confesso que gosto da idéia e desconfio que possa ser verdadeira. A cada dia que passa vejo as coisas mais sólidas, mais certas, mais maduras e maiores. Nada diminuiu desde que eu te conheci. E é muito bom poder pôr em prática todas as minhas teorias sobre uma relação ideal. Não somos perfeitas. E o melhor é que a gente sabe disso. Eu te amo. Cada dia mais. Sabe a história da bicicleta?

domingo, 3 de janeiro de 2010

na cadência do meu samba

Não quero que me tratem como tal, mas às vezes comporto-me como uma adolescente desesperada.

Crescer dá muito trabalho.

há de haver

Cansei de ser forte. Já faz algum tempo... Mas vocês continuaram assim. A agir como se eu ainda fosse capaz de carregar um elefante. Não perceberam que cortaram meus cabelos. Não perceberam que a fonte de energias para minhas forças secou. Não conseguiram ver a sutil diferença no meu olhar. Não me perceberam mais calma, mais atenta, mais paciente, mais afetiva. E continuaram a me tratar como a uma adolescente. E, de repente ,eu me tornei a irmã mais nova do meu irmão mais novo. De repente, surpreendi minha mãe tentando me ensinar um caminho que eu devo ter percorrido vinte vezes mais do que ela nos últimos anos. E insistem em acreditar que certas coisas são só rebeldia. E que outras são pura carência. Talvez porque eu não deixe que percebam. Talvez porque já estejam tão acostumados a me ver, que não me reparam mais. Talvez porque não consigam adimitir a mudança. A fragilidade que tantas vezes salta aos olhos. De quem quer que seja capaz de ver por detrás da aparência decidida. Eu quero. É claro que eu quero. E vejo o quanto pode ser útil e até imprescindível em determinado momento das nossas vidas. E vim. E fiz. E tenho feito tudo que esperam de mim. Aguardando ansiosamente o momento em que poderei desfrutar do que mais me importa. E mesmo assim sigo amando vocês.