domingo, 31 de maio de 2009

Pré-fabricando

"Não quero nunca renunciar à liberdade deliciosa de me enganar" (Che)


- O quê você sente?
- Carinho, calor, aconchego e cheiro bom. E você?
- Sinceridade, carinho, compreensão.
- Tem sido difícil. O que eu acho certo não é o que eu quero.
- Você tá bem?
- Eu sempre fico. Tem sido difícil, mas eu fico bem.
- Não quero que você se prenda.
- Se prender não é uma escolha. Não gosto de sofrer, mas cansei de evitar correr riscos.
- Senti sua falta.
- Tenho sentido a sua.
- Mas eu fico melhor sozinha.
- Por que você não se despede sem me beijar?
- Não consigo.


Carinho, calor, aconchego e cheiro bom.

É...dói de verdade.



"Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo"

MP3 Player

Para ouvir pensando


"Tá certo que o nosso mau
Jeito foi vital
Pra dispensar o nosso bom;
O nosso som pausou.

E, portanto, exposição;
A disposição cansou.
Secou da fonte da paciência
E nossa excelência ficou lá fora.

Solução é a solidão de nós.
Deixe eu me livrar das minhas marcas;
Deixe eu me lembrar de criar asas.

Deixa que esse verão eu faço só.
Deixa que esse verão eu faço só.
Deixa que nesse verão eu faço sol.

Só me resta agora acreditar
Que esse encontro que se deu
Não nos traduziu melhor.

A conta da saudade
Quem é que paga?
Já que estamos brigados de nada;
Já que estamos fincados em dor.

Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena não ter pressa pra passar
Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena não ter pressa pra passar."

(O Teatro Mágico)



Como música tem o poder de mexer com as nossas emoções?

Como palavras sussurradas após três minutos de silêncio em uma faixa podem encher meus olhos de lágrimas no meio da rua?

Ando sensível demais. E nem estou na TPM.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sentimentos cíclicos

Vasculhando a caixa de e-mails


"Camilinha, Freud chama isso de repetição. Você tem uma tendência a fazer as coisas da mesma maneira, sempre. Só precisa cuidar pra não cometer os mesmos erros."


"eu sei muito dela mas não sei muito bem o rumo que você tá querendo tomar com ela. não te conheço,não sei de tudo o que tá rolando entre vocês, não tô perto pra ver, entende? por mais que ela me conte.

o que eu sei e posso te falar com a maior certeza, é que o maior ponto em comum que tenho com a "pequena" é a tranquilidade que prezamos em TUDO o que fazemos.

abri mão do que eu sentia por ela pra ter uma vida tranquila, pra você ter uma idéia.

ganhei a melhor amiga das conversas mais tranquilas e das risadas mais gostosas, você mesmo pôde ver isso aquele dia.

e a Camila é assim, sente tudo de acordo com a tranquilidade que ela tem, se apaixona, desapaixona, sente tesão, sente que tem que afastar, sente que é melhor ficar calada, sente que é melhor esperar, sente que é melhor fazer isso hoje, sente que é melhor não, sente que tá com vontade de fazer e faz...tudo pra ela chegar no msn e me falar "ai, tô bem mais tranquila agora."
sabe? é isso ... rs.

a maior complicação da camila sobre as outras pessoas é que ela não tem segredos.

eu sei tudo o que ela sentiu e não sentiu por mim e ela sabe tudo o que eu senti e não senti por ela. e ponto!

sem joguinhos, sem expectativas, sem dúvidas.

o dia que você jogar limpo, for extremamente sincera com aquilo que você quer de verdade, com ela e principalmente com você, e se todas essas suas decisões forem relacionadas à vontade e à tentativa de ficar com a camila, aí eu acho que finalmente ela vai enxergar alguém pra tentar dar certo.

mas sem expectativas! se por acaso tudo der errado e você for a mais nova solteira da cidade, saiba que aquele pensamento clichê de "pelo menos eu tentei" não só funciona como te ajuda a ver os relacionamentos de outra forma.

experiência própria"



"Quisera eu
Ser a primavera
A boa-nova
Os sabores da vida
Dentro da sua tigela colorida
De tons incomuns
E colorir um a um
Os seus momentos nus
Queria ser
Quem você quisesse ver
Te dar bom dia antes do sol
E sem te acordar, mergulhar
Debaixo do seu lençol
Quisera eu, como eu queria
Saber que você me espera
Na próxima esquina
Pra irmos pra casa"
(Lulu Santos/ Zelia Duncan)

Quando tudo é quase nada



Eu sei. Prometi não escrever, não ligar, não mandar mensagens ou deixar recados. Eu sei.

Sei ainda mais do que tem me inquietado e do que tem me movido e do que tem me levado nesse último mês. Nessas tardes de maio. Nessas páginas amareladas de Drummond, nesses cafés com pães de queijo, nesses olhares cruzados quando menos se espera.

Sei dos riscos e dos medos. Dos anseios, das precipitações e dos impulsos. Sei de mim mais do que nunca. E de você, cada vez mais.

Sei da razão e da sensatez, que acaba por nos fazer pensar em pensar mais um pouco. Sei também dos instintos escorpianos e das coisas que se sabe e que sabe-se lá porquê não se evita.

Sei da paciência e da calma, sei da compreensão. "Eu me esforço, confesso. Mas é de verdade, juro".

Sei que quanto mais alto se sobe, maior o tombo. Sei que quanto mais raso se vive, mais amargo o gosto. Sei da minha mania de intensidade. Sei das tardes de maio. Dos cafés com pães de queijo. Sei de filmes e cobertores.


"Eu nada te peço a ti, tarde de maio,
senão que continues, no tempo e fora dele, irreversível,
sinal de derrota que se vai consumindo a ponto de
converter-se em sinal de beleza no rosto de alguém
que, precisamente, volve o rosto, e passa..."


Sei dos meus anseios e vontades e sei ainda do medo e dos receios de que sobrem mágoas. Mas antes as mágoas que me sobrem, que o ressentimento de não ter vivido.



"Sereia bonita descansa teus braços em mim
Eu quero tua poesia teu tesouro escondido
Deixa a onda levar todo esboço de idéia de fim
Defina comigo o traçado do nosso sentido"
(O Teatro Mágico)

domingo, 24 de maio de 2009

Um post embreagada no meio da madrugada

Só mais cinco minutinhos.


Me traga um beijo calmo e um carinho que me baste no intervalo do que eu sinto e do se passa sob nossos olhares estáticos.

Que mesmo encontros casuais ou marcados. Que entre cervejas, cigarros, quebradas e motéis. No que se desenvolve mesmo quando pensamos ser melhor não desenvolver. Acho que a verdade é que não podemos controlar, mas temos essa mania besta de querer controlar o quê se passa, o quê se sente o quê se faz. Mania de tentar controlar nossas vontades.

E logo eu, que fugi de tudo isso. Eu, que entre primeiras e segunda opções, sempre escolhi as terceiras. Eu, que estou bêbada demais pra continuar.

Quer saber? Me venha com calma e tenha paciência pra me entender. Do mais, "cada volta tua há de apagar o que essa ausência tua me causou".

E ponto.



"Quando o amor
Quando o amor tem mais perigo
Não é quando ele se arrisca
Nem é quando ele se ausenta
Nem quando eu me desespero
Quando o amor tem mais perigo
é quando ele é sincero "
(Cacaso)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Mania de poesia

Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.
(C. D. de Andrade)


Por onde andarás J. Pinto Fernandes?


Soneto de Separação


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(V. de Moraes)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sem mais



Encostou no ombro, ajeitou a coluna, os braços. Se entregou aos afagos recheados com o suave aroma adocicado, meio baunilha, meio morango. O aroma que saía por entre aqueles lábios toda vez que a proximidade permitia o encontro das duas respirações. Por vezes ofegante, mas era do cigarro. Ela fumava pouco, mas sempre fumava. Ela falava pouco, mas sempre falava. O silêncio que restava era quase sempre confortante. Quando não, fazia questão de concluir. Em poucas palavras. Economizava palavras para tratar de si. Não tinha problemas em se expressar, mas tem horas que dá uma certa preguiça. Em outras, uma leve sensação de que já se sabe tudo, como que por telepatia. Os olhares se encontram. O que precisava ser dito já foi dito. O que se sente não interessa a mais ninguém. Às vezes, a vida dá voltas sem que tenhamos controle algum sobre o que nos acontece. Ela já quis ter controle. Hoje, observa. Carrega um egocentrismo enraizado, difícil de arrancar, mas que vive sob estado de letargia. É como se agora tivesse quase certeza de que vai chegar. Sem precisar de esforços fenomenais e feitos grandiosos, sem buscar aplausos. Quando entre o ponto A e o ponto B existe um muro é melhor contornar do que tentar escalá-lo. E eram pequenos esforços diários que iam suavemente deixando de ser esforços. Que iam se incorporando ao cotidiano, trazendo a cada dia sua recompensa. Trazendo em cada carinho, cada olhar, uma gotinha de sentimento. Ela tem mania de colecionar gotinhas. Ela tem essa estranha mania de colecionar sentimentos.



"E quem será
Na correnteza do amor que vai saber se guiar
A nave em breve ao vento vaga de leve e trás
Toda a paz que um dia o desejo levou"
(Djavan)

sábado, 16 de maio de 2009

Mostrando como sou e sendo como posso

E nada abala a santa paciência


- Você é carioca de onde?
- Do Rio de Janeiro. Quem não é da cidade do Rio de Janeiro não é carioca, é fluminense.
- E você é marrentinha assim sempre?
- Não, só com pessoas como você.


- O que você faz?
- Eu observo.
- Sempre?
- O tempo todo.



"It's been a hard day's night
And I've been working like a dog
It's been a hard day's night
I should be sleeping like a log"
(Lennon/ McCartney)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Compreensão

Quando alguns papéis se invertem


- Filho, não adianta você ir falando as coisas correndo assim. Sair repetindo um monte de coisas não é rezar. Você entende tudo que você fala quando reza o Pai Nosso?

- Não.

- Então vamos lá. "Pai nosso que estais no céu". Quem é o nosso pai que está no céu?

- Deus.

(...)

- "...assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido."

- É querer que ele perdoe a gente igual a gente perdoa as pessoas que fazem coisas erradas com a gente.

- É o mais difícil, não é?

- O quê, mãe?

- Perdoar. Às vezes, a gente até sabe que é o certo a fazer, mas é difícil. Acho a coisa mais difícil da vida.

- Não é não. A coisa mais difícil da vida é raciocinar.


Quem disse que são os pais que ensinam coisas aos filhos?



"Meu caminho nesse mundo, eu sei
Vai ter um brilho incerto e louco
Dos que nunca perdem pouco
Nunca levam pouco
Mas se um dia eu me der bem
Vai ser sem jogo"
(Marisa Monte)

domingo, 10 de maio de 2009

Pelos caminhos

Venha e me traga um sorriso quente cheirando a drops de anis

Despertou sorrindo naquela manhã. O cheiro de café entrando pelo quarto dos fundos. Os barulhos matinais. Copos, xícaras, facas, o abrir e fechar da porta da geladeira.

Levantou sorrindo naquela manhã. As horas de sono foram suficientes para recuperar o corpo dos excessos da noite anterior.


Saiu do quarto sorrindo naquela manhã. O conforto que sentia era algo como abraço em bichinho de pelúcia. Era ombro, colo, cheiro no cangote. Era calma e tranquilidade em seu estado mais latente. Pleno. A plenitude daquela manhã, com o sol entrando através da moldura de madeira da janela. A rede estendida na sala. Objetos largados ao acaso, pares de tênis descasados, meias, mochilas, isqueiros e cigarros. E tanta paz em meio a bagunça.

Seguiu sorrindo naquela manhã. Com uma estranha sensação de que tudo, dali em diante, seguiria seu rumo de encontro ao inevitável. Seguiu por seu caminho, certa de que um dia as coisas começam a se movimentar no ritmo adequado. Não se pode perder a meta, mas contornos sempre hão de existir. Porque não é apenas um caminho. São muitos. E tem coisas que a gente não pode escolher.

sábado, 9 de maio de 2009

Um olhar além do meu olhar

Plagiando o infinito


Eu bato o cimento e você põe o tijolo. Só não vale parede de chapisco. A rua é sem saída e a mão é única. "Mãe, a gente nunca mais vai sair daqui! É o fim do mundo!" Mundo acabando, copos e doses e mesas e cantos. Casais felizes, outros nem tanto. Limpa, corta, fatia. Tempera, tempero de amor. O quê se faz com afeto tem gosto suave. Uma brahma gelada, um copo, um trago. 87% da população brasileira....ixi, se já chegou em porcentagens me enche mais um copo e traz a saideira. "Tá vindo daonde?". "Tô indo pra casa." Até brincar um dia cansa. "O Brasil vai pra frente no dia que uma jornalista não precisar mais trabalhar de garçonete!" Apoiado, em gênenro, número e grau. Brincar também cansa. Ando querendo me divertir de outras maneiras. "E coméqui faz?" Um copo gelado, uma bebida quente. Aquieta o coração, orienta as idéias, ascenta a cabeça. Reza pro seu Ori, sempre. "Tenho medo de ficar doida um dia...de verdade". Mostrando como sou e sendo como posso. "Quem não se comunica...". Pílulas pra passar a dor. Pílulas de sentimentos. "Não liga, não. Ele sempre faz essas gracinhas". E eu, que já nem acho tanta graça, vou sorrindo com o canto da boca. Se eu fumasse, teria dado um trago bem profundo agora.




"Cuidado meu amigo
Não vá se estrepar
Não queira dar um passo mais largo
Que as pernas podem dar
Não se iluda com um beijo
Uma frase ou um olhar
Não vá se perder por aí..."
(Arnaldo Baptista/ Rita Lee/ Liminha)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Tanto

De tantas coisas, de tantos tempos


- Quanto? Um tanto razoável.

- Um tanto que seja maior do que da última vez?

- Talvez. Não sei medir essas coisas.

- Mas dá pra medir.

- Deve dar. Pra alguém deve dar. Eu ainda não aprendi.

- Mede pela falta. Se antes fazia menos falta, hoje é um tanto maior.

- E isso é bom?

- Não sei. É o que você quer?

- Talvez. Nunca sei bem o que eu quero.

- Essa coisa de falta tem a ver com muita coisa também. Tem a lua, o humor, a TPM, tudo isso que influencia nas carências. E tem que separar o que é falta por carência e o que é falta de verdade.

- E faz diferença? Não é tudo falta? Tudo carência?

- É. Quase isso. Quase o mesmo. Mas dessas coisas que são quase iguais, mas com uma boa diferença.

- Prefiro não me preocupar. Mas sinto falta. E mais do que antes.

- Viu? Tá aprendendo a medir.

- Mas do que serve medir?

- Serve pra saber o quanto te importa.

- Mas eu sei o quanto me importa. Não preciso saber medir.

- Mas não adianta só você saber.

- E por que importa a mais alguém o que só eu sinto?

- Ah!!! Não sei.

- Amigo, dessa vez é você quem está complicando. O que eu sinto importa a mim, talvez, em uma escala menor, às pessoas pelas quais eu sinto e numa escala ínfima à todo o resto do planeta. Sem complicações. Simples assim. Um tanto suficiente pra aquietar meu coração.




"Pela profecia o mundo ia se acabar
Pelo vagabundo deixa o mundo como está
Pelo ser humano pelo cano o mundo vai, ou não
Pelo cirandeiro o mundo inteiro vai rodar
Ciranda por ti
Ciranda por mim
Roda na ciranda que é pro não virar pro sim
Ciranda que vai, ô
Ciranda que vem
Roda na ciranda que é pro mal virar pro bem"
(Eduardo Krieger)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O dia parece metade

Quando a gente acorda e esquece de levantar


"Tia, me explica com detalhes fáceis".

É que as pessoas complicam demais. E digo "as pessoas" me incluindo nesse grupo de bicho, meio racional, meio emotivo. Bicho gente que acha que sente o que deveria sentir, que pensa que sabe quando nem imagina o que seja, que diz que almeja, mas esquece de lutar; bicho gente que nunca sabe ao certo o que fazer nesse espaço entre tudo o quê se pensa e o quê se sente.

Gente que prefere não se responsabilizar pelas decisões, deixando tudo ao encargo do acaso. E gente que prefere tentar decidir tudo, perdendo a beleza de assistir a vida correr. E é um exercício constante isso de admirar o caos.

Já reparou em uma ferida enquanto fecha? Depois de um tempo ela continua feia, mas pára de doer. E fica ruim olhar pra ela, e ainda incomodam certos movimentos, mas já não dói mais.

O problema é que as menores feridas são as que mais ardem e a gente acaba ferindo outras e outras vezes, sucessivamente, no mesmo lugar. Tem hora que já nem dá mais pra saber se o que dói é a primeira ou se todas as outras que vieram depois.

Mas cobrir com band-aid não adianta. Tem que pegar ar pra curar.



"Você diz a verdade
A verdade é o seu dom
De iludir
Como pode querer
Que a mulher
Vá viver sem mentir..."
(Caetano Veloso)

domingo, 3 de maio de 2009

Meu paladar e seu faro

Entre cheiros, gostos, jeitos e tudo mais


Sentou, bebeu, pensou. "Tudo estava tão calmo até ontem". Sorriu, pensou, sentiu. "Tudo tão calmo e vazio até ontem". Pensou, sentiu, lembrou. "Tudo tão calmo, vazio e estranho até ontem". Sentiu, lembrou, chorou. "Tudo tão calmo, vazio, estranho e confuso até ontem".

Um dia, uma noite, uma semana.

"Ôh luta!"

Tomar decisões é o que há de mais difícil na vida.

Decidir sobre o que não se pode controlar é tentar entender o que não tem entendimento.

Deixa ser como será.

Vander Lee é um puta compositor.



" Vem, me tire pra dançar
Essa dança não é fácil de se acompanhar
Não que falte amor
No tempo, no espaço a gente ainda pode criar
Deixo a vida te levar
Que as luzes se acendam e que a gente possa brilhar
Mas cuidado, amor
Que as mãos que te estendem tapete não possam puxar"
(Vander Lee)